quarta-feira, 11 de março de 2009

Março, mês de Paul Verlaine


Este mês o Brusca postará poemas de Paul Velaine, o Príncipe dos Poetas, tal como ficou conhecido na França.

Paul Verlaine foi um poeta francês, nascido em 30 de março 1844, de vida considerada atribulada e escandalosa, cuja poesia reflete a contradição entre uma conduta deplorável e um ideal quase primitivo de pureza e misticismo. Verlaine nasceu em Metz e fez seus estudos secundários em Paris, entrando depois, como funcionário, para a Prefeitura. Já nessa época, frequentava a boemia dos cafés parisienses, sendo um funcionário relapso e pouco assíduo. É então que descobre a poesia. Poèmes Saturniens ("Poemas Saturninos", 1866) é sua primeira coletânea publicada. Verlaine professa de início a impassibilidade parnasiana, mas já seu instinto poético o conduz a dar maior agilidade ao alexandrino, a utilizar os ritmos ímpares, a sugerir vagos estados por estrofes vaporosas. Poucas obras na história da poesia francesa são mais sinceras e comoventes. Inquieto e instável, o poeta conquista por algum tempo o equilíbrio e a paz, quando se casa em 1870 com Mathilde Meauté.

Porém, sucedem-se logo os mal-entendidos conjugais e Verlaine retoma seus antigos hábitos boêmios. Liga-se então ao jovem poeta Rimbaud e em sua companhia perambula pela Inglaterra e a Bélgica. Em julho de 1873, em Bruxelas, sob a influência da bebida, atira duas vezes no amigo, e é preso. Durante os dois anos de prisão em Mons vem a saber que a esposa pedira divórcio. Profundamente abalado, Verlaine se converte a fé católica. Testemunhas dessa fase de crise e conversão, são seus dois livros: Romances sem palavras, de 1874 e Sabedoria, de 1881. De regresso à França em 1877 e, enquanto ensinava Inglês em uma escola em Rethel apaixonou-se por um de seus alunos, Lucien Létinois, que foi quem o inspirou a escrever seus próximos poemas. Verlaine ficou devastado quando o garoto morreu de tifo em 1883.

Também é flagrante a influência do gênio de Rimbaud nos temas e nos ritmos. Foi admirado pelos simbolistas que o endeusaram, embora o próprio poeta se quisesse manter independente de qualquer corrente literária. No final de sua vida, o poeta se esgota e o homem se degrada. Apesar da celebridade e do respeito da novas gerações que o consagram como o "Príncipe dos Poetas", ele vive miseravelmente perambulando de hospital em hospital e de café em café até sua morte, em 08 de janeiro 1896.

Adaptado de: Nossa Casa e Wikipédia.

Um comentário:

Tikão disse...

"(...)sob a influência da bebida, atira duas vezes no amigo, e é preso." E ainda tem quem ache Vinicius loucão. Verlaine é o cara, AWAY! :)