Prometi que voltava ontem com um poema de Mia Couto, mas furei. Antes que o dia termine e passe o mês de julho, vim reparar minha falta. Longe de mim ficar em dívida com a poesia, ainda mais com a de Mia Couto, a quem eu estou aprendendo a admirar, pelo pouco que dele conheço. Vou postar aqui uma das primeiras poesias que li do poeta moçambicano:
Poema da despedida
Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo
Um comentário:
Amei..Adorei! =)
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