quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fim

Mário de Sá-Carneiro

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos berros e aos pinotes —
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.
Que meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro...
(Paris, 1916)

Um comentário:

Tikão disse...

Será que ele foi atendido?